segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Concupiscência


Sensual
A carne
O cerne
Da questão
É tremendo conflito
Sinto-me aflito
Desvanece-se a ética
No olhar da ave
A trave no meu olhar
É sedução pecaminosa?
Ó desejo
O prazer é anormal afinal?

Os contornos dos lábios
É fel e o mel também jorra
A alma amarrotada chora
Os deleites proibidos
A libido é poder que arrasta
Sonho que sucumbe na frustração
De ter o fogo nas palmas da mão
Sensual
A carne de barro
Ansioso o espírito na contramão
Dos valores na pós-modernidade
Desejos pertinentes a mocidade
Na cidade que sucumbe à decadência
Sensual
A carne
O cerne
Da questão
É tremendo conflito
Valha-me Deus

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