Tower Room
Nástio Mosquito.
Nástia Answers Gabi (2010)
Créditos: Gabi Ngcobo, Curador e Francisco Rocha
Produção: Dread Locks and DZZZZ Artwork
Entre os seus contemporâneos, o artista angolano, Nástio Mosquito é, sem dúvida, dos mais versáteis. É pela justaposição de expressões artísticas como a música, a fotografia, filme, performance e poesia que a sua personalidade, simultaneamente carismática e transgressora, profere a natureza do nosso mundo globalizado.
Os seus vídeos, politicamente incorrectos no que respeita clichés pós-coloniais, incidem particularmente sobre aspectos ligados à arte contemporânea e à sociedade global não deixando de ser, apesar da seriedade, menos inteligentes ou faceciosos.
Na sua obra, Nástia Answers Gabi (2010), encontramos Nástio em trajes de mulher, canalizando a essência da personagem Nástia.
Nástia, perante uma fachada de um edifício degradado começa por cantar uma versão acapella de uma sinistra música sua Time is on my Side. Eis que Nástia é interpelada pelo curador e artista de Durban, Gabi Ngcobo. Falando em gracejo e directamente para a câmara num sotaque russo, Nástia responde às perguntas do entrevistador ora com inquestionável paixão, ora soltando diatribes, ora com desdém. A personagem faz uso, de modo risível, de uma gíria muito própria ao mundo artístico-político-activista e extremamente teórico - a fim de transmitir seu cepticismo perante a postura do mundo artístico, especialmente em relação às representações que nele se fazem de África. Facilmente mal interpretada como uma espécie de cansaço do mundo ou misantropia, a obra Nástia Answers Gabi é não mais que uma a expressão extraordinária de um desejo urgente de se engajar com a realidade não só a nível artístico mas a todos os níveis.
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Tower Room
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Nástio Mosquito.
Nástia Answers Gabi (2010)
Credits: Gabi Ngcobo, Curator and Francisco Rocha
Production: Dread Locks and DZZZZ Artwork
Angolan artist Nástio Mosquito is one of the most energetic and versatile artists of his generation. He uses music, photography, film and performance poetry as the means by which his persona, at once charismatic and transgressive, pronounces on the nature of our globalised world.
His videos, dwelling particularly on contemporary art and society, could not be smarter or funnier, more knowingly politically incorrect with respect to post-colonialist clichés.
In Nástia Answers Gabi (2010), we first encounter the artist in a derelict building after listening to his haunting a capella version of Time is on My Side, talking to the camera as ‘Nástia’ (the female equivalent of Nástio) and in a joke-Russian accent. There follow nine short scenes in which he answers questions posed by Gabi Ngcobo, an independent curator, writer and artist from Durban, sometimes with passion, in musing diatribes, sometimes dismissively. He plays with a language that is very familiar in our art world–political-activist and very theoretical – in order to convey his philosophical scepticism, especially with respect to representations of Africa. Easily misread as a kind of world weariness, it is the extraordinary expression of an urgent desire to engage with reality at all levels.
