terça-feira, 1 de março de 2011

Especial «Quinta da Poesia»

O Movimento Literário Lev´Arte realizou na quinta-feira dia 24 de Fevereiro mais uma noite de Poesia Eu ViVo no King’s Clube, porém com o destaque para a grande presença de Léo Da Silva, o escritor, professor e conferencista brasileiro que veio a Angola em parceria com Movimento, com o propósito de realizar conferências sobre os temas “A Oratória - Arte de Impressionar Plateias e a Ética no Serviço Público”, que diga-se de passagem, resultaram em nada menos do que um estrondoso sucesso.

 

O evento contou com as talentosas participações de poetas e trovadores como Manguxi Money, Molhado Artes, Milton Clandestino, Shafu Shake, Sábio, Micro Profecia, Nilton Setas, Júlio Gil e muitos outros que nos seus estilos muito próprios e originais abrilhantaram a noite dedicada a poesia.

 

Na mesa bicuda guiada por Lueji Dharma o escritor Léo da Silva foi o convidado e fez um rescaldo de tudo o que garantiu o sucesso das suas conferências e falou com grande rejúbilo da sua breve e inesquecível estadia em Angola. O conferencista sul-americano encantou e impressionou a plateia do King´s que ouvia silenciosa e de olhos arregalados, com a sua abordagem concisa, segura, ponderada e directa, deixando no ar frases inusitadas como «o pouco com Deus é muito e o muito sem Deus é nada» ou «trago nos sapatos a poeira de mil caminhos» ou ainda «A dor está ligada a tudo o que é precioso», enfim foi uma abordagem magnífica e que dispensou comentários.

 

No decorrer da actividade uma surpresa, Guilherme da Silva filho do escritor, subiu ao palco da arte e declamou com suavidade e subtileza os poemas «Via Láctea» do poeta brasileiro Olavo Bilaque, e versos íntimos do escritor Augusto dos Anjos. Não faltaram aplausos para o novo planeta (designação atribuída aos artistas estreantes no palco levarteano) vindo do Brasil que rapidamente conquistou a atenção de todos.

 

Pouco antes do final o conferencista já ambientado com a informalidade e a alegria que habitualmente pairam nas noites poéticas de Luanda, resolveu brindar a plateia com uma declamação, e assim, interpretando de forma encantadoramente simpática o tema «Estrelas» do poeta Aparício Silva, foi mais uma vez alvo de admiração e regozijo.

 

E nesta senda, por mais que tenha sido adiado e ignorado chegou a vez do último convidado, o inevitável, o Senhor FIM, que chamou ao palco, os membros e amigos do Lev´Arte que se faziam presentes para então entoarem o seu hino no embalo das cordas da guitarra do trovador Nilton Setas. E realmente não poderiam ter escolhido uma forma mais profunda de terminar uma noite tão completa, repleta de doces surpresas e agradáveis presenças.

 

 

Mira Clock

Aos 28 de Fevereiro de 2011

 

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