Segunda-feira, 25 de Maio de 2009 celebrou-se mas uma vez o dia de África e o Movimento Lev’Arte na qualidade de agente cultural realizou no Parque da independência às 19h um evento intitulado “Uma vela para África”. Este que foi também o fecho das actividades realizadas no mês de Maio com objectivo de homenagear o Continente Africano evidenciando a sua arte tão rica.
Os estimados poetas Kiomba e Zeizolde foram os apresentadores, e abriram o evento com a declamação do magnífico poema “Saudemos África”. Logo depois, outros poetas vieram à baila, Hamilton Artes com o poema “Penso Repenso e Não Paro de Pensar”, Baby Stiller com o seu “Estrela cadente”, Dito com o curioso poema “Mais ou menos” enfim, nesta altura a roda de poesia já estava a pegar fogo e a plateia não parava de crescer, já haviam 160 pessoas a assistir, e o evento tinha acabado de começar. Para dar sequência, o poeta Sacramento foi chamado à roda e trouxe na sua bagagem o sucesso “Somos Um” que tão bem estruturado por uma mistura inteligente de línguas africanas e por uma pureza vinda da alma, fez com que a apresentação do grande poeta fizesse nascer lagos de sorrisos nas bocas da plateia.
Assim para não desviar da onda, Kardo Bestilo e Poeta Universo juntos nos seus estilos versáteis declamaram “Deixem passar África”, nesta altura a plateia já estava formada por mais de 200 pessoas e já lá se encontrava também a TPA (televisão publica de Angola) para dar cobertura a grandiosíssima noite iluminada. As crianças não ficaram para trás, sendo assim os pequenos poetas do Tata Yetu exaltaram as suas vozes por África interpretando poemas como “Juro Que Não Pedi Para Nascer” e “ Sim, é Lá No Meu Subúrbio” este momento foi de um todo emocionante! Na minha opinião, putos como estes são de facto milagres da arte.
A seguir o humor deixou a sua marca pelas anedotas criativas de Timajo e Lorde Nilo. De volta à poesia e já perto do fim, velas foram distribuídas por toda a plateia e depois de acesas um ambiente magico e celestial se criou no local, 1min de silêncio foi feito em nome de todos os filhos de África que perderam as suas vidas em busca de liberdade. O tão esperado Quarteto Lev’Arte veio logo de seguida abrilhantar a roda da poesia cantando poesia nos gritos de Kardo Bestilo, Ramizzi, Caneta Partida e Sacramento que numa só voz entoaram coros como “ Tragam África”, “ Eu sou África” “Wá Wé Afrikê”, não existem mais adjectivos para classifica-la, à arte em forma de poesia é Sobrenatural.
De seguida, o colectivo de artes Tata Yetu ou devo dizer “O tesouro do Mártires do Kifangondo” trouxeram de volta à noite o sorriso, interpretando com todo o seu encanto uma peça de teatro baseada em algumas realidades Africanas nomeadamente “A delinquência Juvenil, o uso de drogas e a gravidez na adolescência”, esta que até poderia ser só uma peça repleta de seriedade e drama foi também uma máquina produtora de gargalhadas, a plateia descontrolou-se, não houve quem conseguisse se conter, os Tata são demais!
E para dar termo ao evento de comemoração ao dia de África, 25 de Maio dia marcado pela criação da OUA ( Organização de Unidade Africana) em 1963; Kiocamba e Zeizolde chamaram o ilustre poeta o senhor FIM.
Mira Clock
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