sexta-feira, 7 de novembro de 2008

UNAP e BJAP Convidam para a exposição alusiva ao 11 de Novembro



Local: Galeria de Maio
(Nas imediações da Loja Wrangler, Livra Lello, Jornal de Angola e Sonangol)

Aberto até as 20:00h
Exposição decorre até dia ao 15 de Novembro de 2008
Entradas: Livres


Artistas plásticos abrem exposição alusiva ao 11 de Novembro

Luanda – Quinze obras de pintura e cinco de escultura, produzidas por membros da Brigada de Jovens Artistas Plásticos (BJAP), estão expostas ao público desde 4/11/2008, terça-feira a noite, em Luanda, no quadro do programa Novembro Cultural, alusivo ao 33º aniversário da Independência Nacional.Intitulada "Estagnados", a amostra colectiva que estará patente até 15 deste mês reúne trabalhos de cinco pintores e três escultores afectos àquela organização juvenil, contendo, maioritariamente, quadros pintados em acrílico sob tela.

António Camuto, Amândio Vemba, Venâncio Ganga (escultores), Fortunato Bangui, Manuel Ventura, Nok Nogueira, Landa Yeto e Sozinho Lopes (pintores) são os autores das obras, cujo foco temático incide sobre as tradições culturais de Angola.

Consta do material exposto os quadros "Expansão a preto e branco", "Uma vida igual a muitas", "Urna transparente", "Heroínas", "Eu e a noite", "O diálogo", "Caçada nocturna", "A decisão do soba", "O segredo da vida", "Crepúsculo", "Reflectindo Angola em tempo de paz", "Mitos da máscara azul" e "Tchenvwa".

"O calicho", "Bonança II", "Cubungula ny cuzongola kuta" e "kudisanga kua ai humu ixi ia n’gola" complementam a exposição, que integra também uma instalação colectiva, contendo instrumentos essenciais à pintura, como tintas, spray, pincel, rolos e régua.

Ao intervir na cerimónia de inauguração da amostra, o representante da Direcção Nacional de Arte e Acção Cultural, Diogo Colombo, referiu que a exposição reveste-se de grande significado, apesar de pequena em termos numéricos, pois apresenta várias sugestões assentes na vivência da população angolana."Recebemos com satisfação a proposta da UNAP e da Brigada Jovem de Artistas Plásticas de realizarem duas exposições no âmbito do programa Novembro Cultural. A nossa função é criar condições para a juventude se mostrar", expressou.

Segundo o também coordenador do programa Novembro Cultural, a sua instituição e o Ministério da Cultura vão continuar a trabalhar para propiciar condições de trabalho aos artistas, reconhecendo "não ser fácil" os fazedores de artes plásticas exporem no país.

"Estamos a trabalhar para normalizar essas dificuldades. Queremos que os artistas dêem a continuidade à formação artística. O Governo está a estudar a possibilidade de abrir um Instituto Médio de Artes. É preciso dar oportunidade, através da escola", comentou.

Referindo-se à qualidade dos materiais expostos, Diogo Colombo confessou não ser entendido em matérias de artes plásticas, daí deixar ao público e aos críticos de artes a missão de avaliar o conteúdo, as mensagens e técnicas apresentadas pelos expositores.

Ainda assim, disse ter ficado impressionado com "as técnicas apresentadas nos quadros, razão porque incentivou os artistas a continuarem a expor com maior regularidade, sobretudo por altura das celebrações de efemérides importantes para o país.

Por sua vez, o secretário-geral da Brigada de Jovens Artistas Plásticos, Fortunato Bangui, disse que a exposição tem por objectivo secundário incentivar a sociedade, mostrando que os "jovens também têm potencial para as artes plásticas".

"Temos aqui algumas obras de pintura e técnicas mistas. A predominância das obras expostas vai para a técnica de acrílico sob tela. Temos em vista um debate aberto entre os jovens, para reflectirmos em volta de uma temática que envolve a juventude", disse.

O responsável lamentou, por outro lado, o facto de até ao momento não terem "um espaço digno" de trabalho, razão porque intitularam a exposição de estagnados. O título tem por objectivo alertar a sociedade para a necessidade de apoiar o trabalho juvenil.

"Temos um projecto aliciante naquilo que diz respeito às artes plásticas. Mas o nosso material de trabalho, incluindo computadores…, estão nas casas dos nossos pais. É complicado, mas ainda assim conseguimos fazer alguma coisa", concluiu.

Fonte: http://www.portalangop.co.ao/

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