Angop
Artista plástico Etona preocupado com mercado artístico
Luanda – O pintor e escultor angolano Tomás Ana “Etona” afirmou hoje, em Luanda, haver ausência de um efectivo mercado das artes plásticas no país pela realidade actual desta modalidade artística em Angola.
Luanda – O pintor e escultor angolano Tomás Ana “Etona” afirmou hoje, em Luanda, haver ausência de um efectivo mercado das artes plásticas no país pela realidade actual desta modalidade artística em Angola.
Em declarações à Angop, Etona fez saber que em bom rigor não há ainda uma dinâmica efectiva e séria na venda e compra de obras, já que o que se faz é a venda “anárquica” das obras de arte.
“Geralmente, os artistas, cada um a seu jeito, vão a procura de compradores dos seus quadros e estes por sua vez adquirem-nas, quer saibam, quer não da qualidade das mesmas, o que é errado", referiu.
As obras de arte encarnam em si a filosofia e a diversidade cultural de um povo, de uma nação, logo, disse, não deve ser tratado como uma mercadoria qualquer. “ Deve haver organização na venda do produto artístico, só assim se poderá dizer que existe o mercado das belas artes em Angola e saber se está ou não a evoluir”, indicou.
“Nós os artistas temos a responsabilidade de contribuir permanentemente no progresso contínuo deste país saído de uma longa guerra. Assim, há que organizar a venda das obras de arte e tudo isso passa sobremaneira com reorganização da União Nacional dos Artistas Plásticos(UNAP)”, asseverou.
Etona admite haver uma certa apatia da UNAP quanto aos novos desafios que o país apresenta no domínio das artes, argumentando que esta instituição tem, na qualidade de parceira do Estado, como uma das suas competências a avaliação do que se produz em termos de qualidade, bem como a criação de formas adequadas de comercialização e promoção das artes plásticas.
No entanto, o secretário geral da UNAP, António Bastos Galiano é de opinião que o mercado artístico está a mudar para melhor, apesar de algumas dificuldades, sendo que já se vê muito mais sensibilidade em torno da arte.
“Já temos coleccionadores de arte, empresas como Banco Africano de Investimentos (BAI), Banco Espírito Santo(BESA), Empresa de Seguros de Angola (ENSA) interessadas em investir na arte, assim como estrangeiros que estão a comprar cada vez mais obras em Angola, o que demonstra que a qualidade deste produto artístico esta a melhorar”, referiu.
António Bastos Galiano admite que internamente a UNAP precisa organizar-se mais para fazer com que os artistas plásticos correspondam as exigências do mercado artístico actual, trabalhando cada vez mais e com qualidade.
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