quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Secretário da UNAP admite existirem carências de professores de arte

Angop

Luanda - O secretário-geral da União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP), António Bastos Galiano, considerou segunda-feira, em Luanda, existirem ainda carências de professores qualificados para ministrar aulas de artes plásticas no país.
Em declarações à Angop, António Bastos refere que os professores existentes têm na sua maioria o ensino médio artístico e é com estes que a Escola Nacional de Artes Plásticas (ENAP) tem estado a contar para a formação dos novos criadores.
"Na década 70, por exemplo, a formação nas artes plásticas ou visuais, feita na Escola Industrial de Luanda, contava com o engajamento de professores angolanos e portugueses com qualificação superior nas belas artes. Hoje, com os momentos difíceis que o país atravessou muitas coisas se alteraram", sublinhou.
No entanto, o secretário-geral da UNAP elogiou os esforços do Estado na criação de infra-estruturas escolares adequadas para o ensino artístico e a contratação de professores estrangeiros para ajudarem a formação da nova geração de artistas capaz de enfrentar os desafios contínuos das artes.
Por sua vez, o director-geral do Instituto Nacional de Formação Artística (INFA), Francisco Van-Dúnem "Van", reconheceu haver ausências de professores mestrados, licenciados para leccionarem na Escola Nacional de Artes Plásticas.
"Nós temos muitos monitores, com formação média, que estão a colmatar o vazio de técnicos superiores de arte, principalmente para o primeiro e segundo ano do curso. Apesar disso, somos elogiados por algumas sensibilidades de estarmos a formar bons alunos no domínio das artes plásticas", salientou.
Van garante que o Estado já está preocupado com esta situação, pelo que, este ano, já se encontram em Cuba, Brasil e Marrocos técnicos de arte que estão a fazer a formação superior em belas artes, desde a artes plásticas, música, dança, teatro e o cinema.
Apesar da sua criação só ter sido publicada no dia um de Abril de 1993, o curso médio de artes plásticas entrou em funcionamento em 1990 com a estreia das disciplinas de cerâmica, escultura, pintura, gravura e tecelagem artística.
Este ano, na Escola Nacional de Artes Plásticas, adstrita ao INFA, finalizaram o curso 33 artistas plásticos, sendo 22 pintores, cinco ceramistas e quatro escultores.

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