Tu vieste e saíste da minha vida,
Como a água da torneira num singelo toque... (sim!)
Entraste e inundaste meu universo,
Ao molhar o meu coração sem ar,
E vieste e vieste,
E vieste,
Misturando-te com os meus poros,
Fazendo sumo com o meu suor,
Crávas-te a minha pele preta,
Gritamos: AFRIKA
Oh! Afrika nossa!
Deliramos em canalizações mil e quinhentas
Beijamos os rios verdes da esperança matinal,
A cada novo Sol de Liberdade...
E tu assim também foste!
Deixando-me seco e enferrujado,
Sem uma gota para saborear,
O ar do ar de nossa natureza
Onde é que foste?
Porque é que foste?
Ninguém responde!
Nuas e fáceis perguntas,
E porém sem resposta!
Oh! Afrika
Nem nesta dor viva,
Nem depois de morrer a viva
Eu vou saber não te amar!
Oh! Afrika
Tu és mesmo o meu berço
E ainda para meu último desejo:
Quero te amar mesmo que não me queiras
Oh! Afrika
Volta para minha torneira Afrikana!
Luanda 25-03-2005 * Alvalade – 2.15 pm * Kardo Bestilo in ControVerso
1 comentário:
Grande Kardo Bestilo.
Sempre criativo e disposto a partilhar o que de melhor há para se partilhar parabéns.
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