segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mulher

Mulher
Mulher que brinca
Mulher que ri
Mulher que imortaliza a criança
Mulher que esquece
Mulher que se vende
Que se deixa abraçar pela tez branca
Que se deixa comprar pelo brilho
Que se oferece pelo vazio
Que se vende à luxúria
Que chora sem lágrimas
Mulher
Mulher que nada tens
Mulher que tudo perdeste
Mulher que te vendeste
Mulher que já não chora
Mulher que trazes no ventre
O filho da ilusão
O nome esquecido
 
O afago substituído
O colo esquecido
O filho de ninguém

 

Joana Soares

 

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