sexta-feira, 22 de maio de 2009

A Prova de Chuva

Pois é, a dona chuva ultimamente tem estado teimosa. Cheia de disposição, não quer parar de cair e não cai suave e serena como para lavar almas e quintais, está mesmo é a estragar planos e a destruir momentos, há quem diga que a coitada seja atrevida, eu cá não a recrimino, afinal ela é obra da natureza e toda a destruição que causa ao mundo é em resposta da nossa ingratidão descarada.

Mas quando a questão é levar arte, para alguns nem a chuva é problema. O Movimento Literário Lev’Arte definitivamente ultrapassou todas as expectativas depois de ter realizado um evento à prova de chuva na quinta-feira dia 2 de Abril no Auditório Pepetela/Instituto Camões. Com apenas 42 pessoas das quais 1 apresentador, 7 poetas, 2 músicos, 1 estilista com 10 manequins, 2 humoristas e uma pequena plateia composta por amantes da arte e amigos fieis ao Movimento, mesmo assim o evento sobreviveu. Inevitavelmente teve o seu inicio mais tarde do que o habitual mas isto não influênciou em nada, no palco brilharam estrelas como os poetas Hamilton Escola com o caricato poema “feia, feia, gostosa, gostosa” e Jeferson, também os levarteanos Kardo Bestilo, João Papelo, Kiocamba, Rui Policarpio e Wilmar Tembo com musica e poesia da casa e os convidados o músico Parte Palas, o estilista Garcia acompanhado por sua equipa de moda e os humoristas Fábio e Lord Nilo que apimentaram o evento com uma incrível e criativa interpretação de Hitler, foi de loucos houve quem quase morreu de rir.

O evento durou pouco contudo valeu a pena, para fechar com chave de ouro Kardo Bestilo fez dueto com Hamilton Escola na declamação do seu grande poema “ Lemba lembras-te? “, Simplesmente incrível.

Bom, apesar de ter sido sem dúvidas um evento marcante não há muito o que falar, achei pertinente escrever este artigo porque na minha opinião este tipo de acontecimento serve para lembrar que para a arte não existem limites nem impossiblidades e como diz o poeta Kardo Bestilo à quem muito respeito e admiro “onde há espaço para o ar há espaço para a arte” não importa o número de apreciadores, o que importa mesmo é dar vida a arte. Pensem nisso, obrigada!

Mira Clock

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