quinta-feira, 12 de maio de 2011

Prémio Camões para Manuel António Pina


Prémio Camões para Manuel António Pina


O português Manuel António Pina venceu o Prémio Camões deste ano. A decisão surgiu, esta quinta-feira, por unanimidade após uma reunião no Rio de Janeiro, Brasil.

Trata-se do maior prémio literário português, agora entregue ao também jornalista e cronista. Com cartas na poesia e literatura infanto-juvenil, Manuel António Pina escreveu igualmente peças de teatro e obras de ficção.

Aos 67 anos, o escritor tem obra traduzida em vários países, incluindo Espanha, Alemanha, Holanda, Rússia e Estados Unidos.

"Quando me foi comunicado pelo presidente do júri, Abel Barros Baptista, talvez há coisa de três quartos de hora, eu disse-lhe justamente que era a coisa mais inesperada que eu poderia esperar. Nem sabia que o júri estava reunido, nem que o prémio ia ser atribuído hoje. Portanto, fiquei absolutamente surpreendido", disse o escritor à Lusa.

"Foi uma surpresa enorme, principalmente por me ter sido atribuído a mim. Sinto-me um bocado embaraçado, atendendo à qualidade das pessoas, ao Panteão a quem já foi atribuído anteriormente o prémio. Mas enfim... é surpreendente por isso mesmo, também", observou.

O júri desta 23ª edição do Prémio Camões, que reuniu, no Rio de Janeiro, foi constituído, por Portugal: Rosa Maria Martelo (Professora da Universidade do Porto) e Abel Barros Baptista (Professor da Universidade Nova de Lisboa); e, pelo Brasil, escritora Edla Van Steen e António Carlos Secchin; pelos representantes dos PALOP: Inocência Mata e escritora Ana Paula Tavares.

O Prémio Camões, no valor de cem mil euros, foi instituído por Portugal e pelo Brasil em 1989, e é o maior prémio de prestígio da língua portuguesa.

Com a sua atribuição, é prestada anualmente uma homenagem à literatura em português, recaindo a escolha num escritor cuja obra contribua para a projecção e reconhecimento da língua portuguesa.

Com este prémio pretende-se ainda estreitar e desenvolver os laços culturais entre toda a comunidade lusófona, pelo que a este evento se associam os outros Estados de língua oficial portuguesa.

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