segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Movimento Literário Levarte Homenageia Mulheres Angolanas


Victória Ferreira


Enaltecer os esforços que as mulheres angolanas têm demonstrado a cada dia na edificação da nossa sociedade é o principal objectivo do evento denominado “Homenagem à Mulher fora de Março”, que o Movimento Levarte realiza hoje pelas 18 horas no Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR).


Segundo Kiokamba Cassua, porta voz do Movimento Levarte, pretendem com esta actividade mostrar que o reconhecimento às mulheres não tem de ser necessariamente em Março, mas todos os dias uma vez que “elas se mostram cada vez mais forte e vão ao encontro de oportunidades e desempenham o seu papel com zelo nos vários sectores da vida social”.


Kiokamba Cassua enfatizou o facto de muitas mulheres ocuparem cargos governantais a nível nacional. “Isso vem de algum modo dignificá-las, ganhando cada vez mais espaço para desenvolver as suas actividades e concretizar os seus objectivos”, disse. A actividade contará com a presença de mulheres de vários extractos sociais, com destaque para escritoras, radialistas e apresentadoras de televisão, assim como zungueiras.


Sendo o Levarte fundamentalmente um movimento literário, a poesia será o cerne do evento com declamações de poemas apenas pelas homenageadas. Está também agendado um desfile de moda com modelos da agência Hotmodels, assim como música com algumas cantoras do music hall nacional e a exibição dramática pelo grupo teatral “Tata-Yetu”.


O evento vai contar igualmente, com uma “Quitanda de Arte” que será marcada por sessões de autógrafos dos livros “Controverso” de Kardo Bestilo, e “Os truques do bom pretendente”, de Massogi Atchisseke, ambos publicados sob a égide do Levarte.

REFLEXÕES SOBRE O MODO DE VER A ARTE AFRICANA












Cristiano Neto*


Os olhares que impliquem análise e interpretação dos fenômenos de uma realidade cultural enquadram-se na tipologia de manifestações da actividade mental do humanos. Naturalmente, suas as percepções e escolhas estão condicionadas por diversos fatores, dos quais destaco: o próprio indivíduo, as ligações que estabelece no seu grupo de relações sociais e a natureza que o envolve, entendida como o universo ou o cosmo.
Creio não exagerar se disser que, no passado, a atitude de um produtor de Arte em África foi, em geral, semelhante à dos produtores de outras sociedades, sobretudo na escultura e pintura, pois as considerava produto do seu imaginário e não meras obras de arte.
Seria um medíocre observador aquele que ignorasse as finalidades para as quais eram construídas as habitações em determinadas sociedades Africanas, pois não é possível compreender-se a Arte desconhecendo os propósitos a que ela tem de servir. A verdade é que, quanto mais recuarmos na retrospectiva histórica, mais complexas são as finalidades que se crê serem servidas pela a Arte. O mesmo se aplica se sairmos das cidades dos países ditos “civilizados” e visitarmos Povos cujos modos de vida ainda se assemelham às condições em que viveram os nossos mais remotos ancestrais. Chamam alguns estudiosos a esses Povos normalmente de “primitivos”, não porque sejam mais simples do que nós, mas por estarem, a partir de um ponto de vista, mais distantes da concepção do estado desenvolvimento actual da generalidade das sociedades ocidentais, o que gera muitas vezes teses de que estagnaram no tempo e no espaço, tornando-se fechadas sobre si mesmas. Mas a verdade é que na sua produção artística e mesmo, por exemplo, na construção das suas habitações, podemos constatar o pragmatismo e objectividade da essência do labor dos ditos “primitivos”, virado para a utilidade fundamental, tendo em conta seu ambiente e natureza. Ou seja, suas habitações existem para protegê-los da chuva, do sol e vento e dos espíritos que geram tais fenómenos. As imagens das suas esculturas em madeira a partir de troncos de árvores representam e servem do ponto de vista simbólico para defenderem-se contra outros poderes tão reais quanto as forças da natureza na sua concepção.


É difícil para alguns autores e estudiosos entenderem os meandros de uma realidade de um grupo ou sociedade humana, pois o mergulho nas profundidades da identidade, ou seja, da essência cultural dos ditos Povos, só é possível se nos libertarmos de um primitivismo conceptual na análise e interpretação dos fenómenos culturais. Daí que seja importante uma introspecção a partir de cada um de nós, partindo do seguinte exemplo: recortamos do jornal diário o retrato do nosso músico ou desportista favorito, o qual integra a notícia de que o músico foi desclassificado para a final de um Concurso Internacional de Música, ou a notícia de que o desportista não conseguiu obter os valores mínimos para sua qualificação aos próximos Jogos Olímpicos. Perante um acto temperamental de tristeza por tais resultados negativos praticado por alguém que, numa atitude sancionatória, se atrevesse provocar danos na imagem de tais personalidades do nosso jornal, será que ficaríamos indiferentes? Certamente que reagiríamos em defesa da protecção da imagem do nosso ídolo, apesar de que tais danos não afectariam na realidade a pessoa do ídolo. É precisamente essa sensação aparentemente estranha e irracional de que os danos causados à imagem do retrato do nosso ídolo atingem a pessoa em causa, que sobrevive no subconsciente de muitos extractos das Sociedades em plena era da Internet. Creio que chegado este momento, estamos em condições de perceber que tais concepções existem e existirão no futuro em todas as sociedades independentemente do seu nível de desenvolvimento.
Finalmente, podemos afirmar que tal modo de representar a imagem da realidade é um fenômeno transversal nas Sociedades Humanas. Nas tradições, nos usos e costumes nacionais de alguns Povos, historicamente, praticaram-se e se praticam ainda rituais através do seu imaginário colectivo. Produziam pequenas imagens representativas de um inimigo de acordo com a sua tradição, perfuravam o coração do maltratado boneco ou o queimavam na esperança simbólica de que o inimigo sofresse com isso. Recordo que, actualmente, na Grã-Bretanha, celebra-se, em 5 de novembro anualmente, com pompa e circunstância, acompanhado de fogo-de-artifício, a Festa Popular da queima da efígie de Guy Fawes, o conspirador que quis fazer explodir as Casas do Parlamento, quando o Rei e seus Ministros aí se encontravam – daí se ter chamado a “Conspiração da Pólvora” a atitude, que foi descoberta, de Guy Fawes, executado em 5 de novembro de 1605, data celebrada até aos nossos dias.
Em jeito de conclusão, podemos afirmar que, aproximando-me de uma visão antropológica, considero que a cultura assenta necessariamente sobre a natureza entendida como Universo, pois a Cultura é uma especificidade Humana entendida na sua vertente dinâmica. O termo “primitivo” é de origem antroplógica e fez parte da interpretação evolucionista das primeiras escolas Antroplógicas do fim do século XIX e início do século XX. Mas é curioso que esse termo, mesmo na atualidade, ainda seja utilizado como reflexo de olhares ou visões preconceituosas de tal forma extremistas, que revelam profunda ignorância da evolução das Ciências Humanas. Ciente da complexidade deste tema, certamente muito fica por abordar, mas serve para iniciar a partilha de impressões com quem assim o entender, o que muito apreciaria.


* Artista Plástico e Investigador Angolano

ÚLTIMO SUSPIRO DO POETA

Por: Poeta Sofredor

Deixe-me comer
os segundos saNgrentos
dos gritos soltos
em noites de batalha
tristes, assim, nem sonho
do luto com as pernas de ruído,

Deixe-me
passar este testemunho
ao mar de pedras magras
porque meu viver
é um farrapo derramado
no berço do Abismo.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Reviver a música transcontinental de Luís Morais no disco “Novidade de Mindelo”


João Papelo


Foi em Dakar, nos bailes cabo-verdianos e nos cabarés “Miami Jazz”, “Saloum Rhytgm”, “Calipso” e “Pigalle” que Luís Morais fez a sua estreia nos palcos seduzindo tudo e todos com o seu clarinete e saxofone. Tocava com músicos cabo-verdianos, senegaleses, camaroneses e ganenses, mas era único que dominava a flauta. E consagrou-se na diáspora.

Pouco tempo antes da sua morte, a 25 de Setembro do ano 2002, Luís Morais grava pela Lusáfrica o disco de clarinete, com dez faixas musicais, intitulado “Novidade de Mindelo”. Era talvez um disco simbólico em aceno de despedida, ou o seu tributo à “Mindelo” (onde nos anos 50 o “patriarca da música de Cabo-verde” troca experiências com vocalistas da região, entre eles Amândio Cabral, Djosinha, Titina. Mais tarde o encontro com Cesária Évora dá-se nos estúdios das Rádios de Mindelo), sendo ele natural da Ilha de São Vicente.

A primeira faixa deste CD é que dá título ao disco “Mindelo”, o seu intróito de mestre seduz com delicadeza a quem ouve, logo desde o começo. O encontro dos instrumentos e a sinfonia no ritmo faz-nos divagar com esmero numa paródia telúrica. O seu clarinete, ora melancólico, ora frenético, gera na alma a beleza duma cultura. Apesar da influência do ritmo latino-americano como o merengue e outros que fizeram época no dealbar da carreira de Luís Morais, o seu estilo é inconfundível, a sua música tem uma sonoridade única e bem patente.

No disco “Novidade de Mindelo”, em cada melodia há uma lamentação, em cada lamentação há uma história: a inenarrável expressão de saudade que se anuncia, e ressoa paradoxalmente em tom de despedida, através do som e da sinfonia dos instrumentos ou do casamento da orquestra. A segunda faixa “Stóra mais stóra” é um passeio no roteiro que traduz a imaginação, é como se o clarinete aquecesse. A percussão é branda e perfeitamente acompanhada pelo genial Ademiro Miranda (Miroca) que sabe bater com destreza os tambores, aliando o útil ao agradável.

A terceira faixa “Delicadeza” é uma serenata à vida. Toca suave, terna, acalma o espírito, consola a alma. É um recado sem palavras, sem a predilecção do verbo. Apenas o som. Apenas o sopro. Apenas o clarinete. Mas é na quinta faixa “Cabo-verde de nós” que Luís Morais, na companhia do excelente pianista Fernando Andrade, começa a atingir o clímax. Aqui a música ganha outra dinâmica, outra expressão, outra singularidade. A melodia aqui é bastante envolvente, inebriante e dançante até mesmo.

À venda ainda em algumas casas de disco em Luanda, “Novidade de Mindelo” é um disco de excepcional qualidade a todos os níveis e o seu autor, conhecido internacionalmente, dispensa qualquer tipo de apresentação. Amigo íntimo do seu colega “Bana”, Luís Morais gravou numerosos álbuns instrumentais, mas é sobretudo como o autor de “Boas Festas” que ele é conhecido. “Boas festas” é um arranjo instrumental que ele fez de uma canção tradicional da Ilha de S. Antão. Este arranjo foi bem conseguido que desde então passou a ser a música de excelência para celebrar a passagem do ano entre os cabo-verdianos no mundo inteiro. A inesperada morte deste ícone e patriarca da música de Cabo-verde deixou um problema de difícil resolução. A culminar a sua longa e brilhante carreira, Luís Morais empenhava-se agora na formação de jovens capazes de dar continuidade à música tradicional de Cabo-verde.


Papelo.folha8@gmail

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Conversa com Matias Damásio

Rita Pablo

“Comecei a estudar uma hora e a dedicar-me à música 5”

Matias Damásio nasceu em Benguela em 1982 num bairro chamado “Lixeira”, nome esse que inspirou o seu novo álbum. Enquanto pequeno viveu com algumas dificuldades, mas conseguiu vingar no mundo da música.
O Factual falou com o cantor que já arrebatou quase todos os prémios e deixou marcas nos corações dos angolanos.

“Passei dificuldades, como quase todas as famílias angolanas, e em 1992 por causa da guerra tive de sair de Benguela e vir para Luanda como refugiado” recorda o artista lamentando os momentos trágicos.

Ainda na sua terra Natal e em tenra idade participou em concursos religiosos, coisas pequenas mas que o fizeram desabrochar para o mundo da música. Quando chegou a Luanda, Matias dedicou-se aos estudos. “Sempre fui bom aluno até que a música falou mais alto. Comecei a estudar uma hora e a dedicar-me à música 5”. Assim, conhece no bairro onde vivia, Bom Rebento” os Guitimos, um grupo musical composto por Timóteo e Guito que o ensinaram a tocar guitarra, a partir daí nunca mais largou os ritmos.

Apesar da família ser muito ligada não via com bons olhos a carreira musical que Damásio estava a querer seguir, no entanto, o seu irmão mais novo tinha uma ideia diferente. “O meu irmão, Jaime Damásio, viu o anúncio para o concurso das estrelas ao palco e convenceu-me a inscrever. Chamaram-me e eu nem sabia bem para o que era, nem tinha preparado música nenhuma para lá ir. Foi durante a viagem, até ao local dos castings, que ouvi na rádio uma música do Belo. Cheguei lá e cantei. Enganei-me muitas vezes, mas fiquei, lá acharam que tinha talento”. Matias recorda que quando apareceu pela primeira vez na TV não disse nada a ninguém apenas pediu para o seu pai assistir o programa. Quando este o viu a cantar e a imitar o Belo, começou então a acreditar no seu potencial. “ Depois disso o meu pai ficou muito emocionado e começou a acreditar. Ele é muito importante para mim e quando me deu um abraço de apoio foi ali que senti que tinha força para avançar”. Apesar de ter ficado nos 12 finalistas Matias Damásio já estava satisfeito com o que a sorte lhe tinha reservado. Contudo, o seu percurso tinha apenas começado.

Participou ao lado da Banda Maravilha e João Alexandre no concurso “Domingão Coca-cola”, onde obteve o segundo lugar.

Em 2003 vence a Gala à Sexta-Feira da Televisão Pública de Angola (TPA), com a música “mãe querida” que curiosamente, tal como lembra o cantor, “eu quando me inscrevi não fui classificado fiquei como suplente, mas três dias antes ligaram-me para eu substituir um outro e ganhei o concurso”. Depois venceu o festival da canção de Luanda e o Variante e a empresa Chevron Texaco patrocina-lhe o seu primeiro álbum “Vitória”, em 2005. Que contou com a participação de Eduardo Paím e que para o artista foi uma grande honra que ainda hoje agradece. A partir daí conquistou Angola e além fronteiras. Fez vários concertos, esteve em Portugal, Egipto, Espanha, Londres e Moçambique e aqui Damásio contou uma história ao Factual: “sai do aeroporto estava lá uma série de pessoas à minha espera, mas eu nem reparei que eram para mim teve de ser o meu empresário a chamar-me a atenção. Eu nem sabia que conheciam tanto o meu álbum nem se quer que tinha fans”.

No Palco do Cine Atlântico, em Luanda, venceu o 17º Top dos Mais Queridos, interpretando a canção "Porquê".

Neste concurso organizado anualmente pela Rádio Nacional de Angola (RNA), sagraram-se em segundo e terceiros lugares o cantor Maya Cool, com a sua Canção "Te Juro" e o agrupamento musical Tunjila Tua Jokota, com o tema "Mana Mena". Este concurso consagrou este jovem cantor e atirou-o para as luzes da ribalta. Se alguma dúvida restava, agora o povo angolano tinha votado de uma forma arrebatadora demonstrando quem era o seu cantor favorito. Foi no ano passado no dia 5 de Outubro e agora, no mesmo dia, Damásio lança o seu novo álbum “Amor festa na lixeira”, gravado em Portugal. Coincidência ou não o certo é que o artista tem já a agenda preenchida. Neste fim-de-semana vai tocar no FestiSumbe.

Apesar de Damásio confessar que nem sabe como tem tanta sorte e ainda nem acredita bem no que se esta a passar com ele, não deixa de dizer aos jovens artistas “Acreditem é possível. Onde está o vosso coração está a vossa riqueza”.

Pintor Etona admite falta de mercado no país

Angop
Artista plástico Etona preocupado com mercado artístico

Luanda – O pintor e escultor angolano Tomás Ana “Etona” afirmou hoje, em Luanda, haver ausência de um efectivo mercado das artes plásticas no país pela realidade actual desta modalidade artística em Angola.

Em declarações à Angop, Etona fez saber que em bom rigor não há ainda uma dinâmica efectiva e séria na venda e compra de obras, já que o que se faz é a venda “anárquica” das obras de arte.

“Geralmente, os artistas, cada um a seu jeito, vão a procura de compradores dos seus quadros e estes por sua vez adquirem-nas, quer saibam, quer não da qualidade das mesmas, o que é errado", referiu.

As obras de arte encarnam em si a filosofia e a diversidade cultural de um povo, de uma nação, logo, disse, não deve ser tratado como uma mercadoria qualquer. “ Deve haver organização na venda do produto artístico, só assim se poderá dizer que existe o mercado das belas artes em Angola e saber se está ou não a evoluir”, indicou.

“Nós os artistas temos a responsabilidade de contribuir permanentemente no progresso contínuo deste país saído de uma longa guerra. Assim, há que organizar a venda das obras de arte e tudo isso passa sobremaneira com reorganização da União Nacional dos Artistas Plásticos(UNAP)”, asseverou.

Etona admite haver uma certa apatia da UNAP quanto aos novos desafios que o país apresenta no domínio das artes, argumentando que esta instituição tem, na qualidade de parceira do Estado, como uma das suas competências a avaliação do que se produz em termos de qualidade, bem como a criação de formas adequadas de comercialização e promoção das artes plásticas.
No entanto, o secretário geral da UNAP, António Bastos Galiano é de opinião que o mercado artístico está a mudar para melhor, apesar de algumas dificuldades, sendo que já se vê muito mais sensibilidade em torno da arte.

“Já temos coleccionadores de arte, empresas como Banco Africano de Investimentos (BAI), Banco Espírito Santo(BESA), Empresa de Seguros de Angola (ENSA) interessadas em investir na arte, assim como estrangeiros que estão a comprar cada vez mais obras em Angola, o que demonstra que a qualidade deste produto artístico esta a melhorar”, referiu.

António Bastos Galiano admite que internamente a UNAP precisa organizar-se mais para fazer com que os artistas plásticos correspondam as exigências do mercado artístico actual, trabalhando cada vez mais e com qualidade.

Secretário da UNAP admite existirem carências de professores de arte

Angop

Luanda - O secretário-geral da União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP), António Bastos Galiano, considerou segunda-feira, em Luanda, existirem ainda carências de professores qualificados para ministrar aulas de artes plásticas no país.
Em declarações à Angop, António Bastos refere que os professores existentes têm na sua maioria o ensino médio artístico e é com estes que a Escola Nacional de Artes Plásticas (ENAP) tem estado a contar para a formação dos novos criadores.
"Na década 70, por exemplo, a formação nas artes plásticas ou visuais, feita na Escola Industrial de Luanda, contava com o engajamento de professores angolanos e portugueses com qualificação superior nas belas artes. Hoje, com os momentos difíceis que o país atravessou muitas coisas se alteraram", sublinhou.
No entanto, o secretário-geral da UNAP elogiou os esforços do Estado na criação de infra-estruturas escolares adequadas para o ensino artístico e a contratação de professores estrangeiros para ajudarem a formação da nova geração de artistas capaz de enfrentar os desafios contínuos das artes.
Por sua vez, o director-geral do Instituto Nacional de Formação Artística (INFA), Francisco Van-Dúnem "Van", reconheceu haver ausências de professores mestrados, licenciados para leccionarem na Escola Nacional de Artes Plásticas.
"Nós temos muitos monitores, com formação média, que estão a colmatar o vazio de técnicos superiores de arte, principalmente para o primeiro e segundo ano do curso. Apesar disso, somos elogiados por algumas sensibilidades de estarmos a formar bons alunos no domínio das artes plásticas", salientou.
Van garante que o Estado já está preocupado com esta situação, pelo que, este ano, já se encontram em Cuba, Brasil e Marrocos técnicos de arte que estão a fazer a formação superior em belas artes, desde a artes plásticas, música, dança, teatro e o cinema.
Apesar da sua criação só ter sido publicada no dia um de Abril de 1993, o curso médio de artes plásticas entrou em funcionamento em 1990 com a estreia das disciplinas de cerâmica, escultura, pintura, gravura e tecelagem artística.
Este ano, na Escola Nacional de Artes Plásticas, adstrita ao INFA, finalizaram o curso 33 artistas plásticos, sendo 22 pintores, cinco ceramistas e quatro escultores.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Poesia A Quinta-Feira em Luanda





DATA E HORA:


Quintas-feiras as 19H00



LOCAL:


IC/CCP Luanda Luanda – Angola Av. de Portugal Nº 50



ORGANIZAÇÃO:


Organizador – IC/CCP Luanda e Lev’Arte


Contacto dos organizadores


IC-CCP Luanda(+244) 222 330243




Miovimento Lev’Arte – (+244) 927-001780





ACTIVIDADE:
Todas as quintas-feiras de cada mês, é realizada no auditório Pepetela do Instituto Camões – Centro Cultural Português sessão de poesia ao vivo promovido pelo Movimento de Poesia ao Vivo de Luanda Lev’Arte.




terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Camp on The Beach

António Pinto


Friday, December 05 and December 12, the Angola Field Group will camp on the beach for its annual Turtle Trip. We will join biologist Michel Morais and his research team from Agostinho Neto University who for the past seven years have been tracking turtles nesting on Praia dos Onças, the beach below the Miradouro da Lua (Lunar Landscape), south of Luanda. (see map and photos on blogsite http://angolafieldgroup.wordpress.com/ ) We will spend the night walking up and down the beach in teams hoping to find turtles laying eggs or we may be lucky enough to witness the release of newly hatched baby turtles rescued from unsafe nests and incubated by the research team. We plan to leave the city at 4:30 pm on Friday, to avoid heavy traffic so we can reach the beach in daylight to pitch our tents. Participants must supply their own food and camping gear. A four wheel drive vehicle is necessary. We must keep numbers to a strict limit so please only sign up if you are serious about going. (reply to this email address) Final trip details including meeting spot, etc. will be given once you have signed up. When you are registering for this trip please indicate: § if you have room in your vehicle for more passengers or/do you need a lift § if you will be leaving from the city or from Luanda Sul § which date you prefer, the 5th or the 12th or you are flexible. We are collecting $20.00 from each participant to donate to the Turtle Research Project Henriette Koning Angola Field Group http://angolafieldgroup.wordpress.com/

Lançamento do Livro "Para uma História da Dança em Angola: Entre a Escola e a Companhia - Um Percursso Pedagógico"

António Pinto

Saudações especiais.

Aqui vai o convite da Anita, dirigido a cada um dos leitores do Tantã.

Até quinta, às 18h00, no Museu de História Natural (Kinaxixe)!


Convido-vos a estar presentes no lançamento do meu livro "Para uma História da Dança em Angola: Entre a Escola e a Companhia - Um Percursso Pedagógico", que terá lugar no Museu de História Natural, no dia 04 de Dezembro, pelas 18.00H.
A apresentação será feita pelo Dr. Justino Pinto de Andrade.

LINKS:
o CDC Angola
o TUCOKWE.org

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Show de Poesia Ao ViVo em Luanda


O Que é Bom Deve Ser Partilhado (KB)



Quinta-Feira 04 de Dezembro
Hora: 18:50
Acesso: Livre
Local: Auditório Pepetela/Instituto Camões


Realização: Lev´Arte e Instituto Camões/Centro Cultural Português

Centro Cultural Português, Avenida de Portugal, 50.
(Embaixada de Portugal)

www.levarte.bravehost.com

www.levarteangola.blospot.com

927 00 1780
levarte.angola@gmail.com