quinta-feira, 10 de junho de 2010


Nasci nesta terra que eleva a arte, mas sinto tristeza de nossa riqueza
nossa riqueza oculta por nossa pobreza artística.
Mas não é tarde
Não é tarde para deixarmos de fazer atribuições falsas em nossas buscas ofuscas
com forçadas contemplações e insaciáveis realizações
Não é tarde para deixarmos de cultivar desta temida era o excesso de cultura
Enquanto nossas memórias estiverem feridas com desvalorizações não medidas
Que causam separação das artes em extinção.
Não é tarde
Não é tarde para desistirmos da participação desmotivada de engenhos encarregados em nossa ignorância, mortas em nossas faltas de confiança Sepultado no mais triste cenário de nossa consciência.
Nós também somos ricos
Portanto não é tarde para rejeitarmos a riqueza pobre que possuem os cegos opcionais
Isentos de todo o visível da criação.

Mas destes mesmos abastados, deserdados daquilo que nos enriquece
Aceitemos o ausente presente porque nos fortalece
Não por orgulho nem por falta de confiança, mas pela arte em evidencia
Pois ela não se extinguirá enquanto existir gente e a extinção de nossa inspiração não se tornará facto enquanto existir afecto
E neste estímulo de receptividade inconsciente, desfrutemos a tocante beleza na expressividade das artes em nossa mente ascendente no instinto de nossa omnisciência impactuante.
Pois se gostar de arte for nossa perdição
Deixemos-nos perder então
E se estar perdido nela for loucura
Então que chamem-nos de loucos
Porque se viver correcto for ficar longe das artes
Que vivamos então no erro
Pois morreremos tão correctos
Enquanto vivermos com arte
E se assim não o fizermos
Ai sim será tarde.
Autoria: Catia Santos

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