sábado, 26 de junho de 2010

Angola no Festival de Teatro da CPLP


Já estão definidos os 15 grupos teatrais que irão representar os oito países da CPLP na terceira edição do Festival de Teatro de Língua Portuguesa FESTLIP – 2010, a decorrer de 14 a 25 de Julho na cidade brasileira do Rio de Janeiro.

Angola que estará presente pela terceira vez será representada este ano por dois grupos: a Companhia de Teatro Dadaísmo e o Miragens Teatro.

Organizado pela Talu Produções, o festival visa a troca de experiências no domínio das artes cénicas entre os diferentes grupos e companhias de teatro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa. Esta será a primeira vez que os oito países da comunidade estarão representados no certame, já que as edições anteriores foram marcadas pelas ausências de São Tomé e Timor-Leste.

A lista de participantes é constituída ainda pelos grupos Barracão Cultural, Novo Ato e Galpão (do Brasil), Centro Cultural de Mindelo (Cabo Verde), Oprimido (Guiné-Bissau), Companhia de Teatro Gungu e Teatro Kudumba (Moçambique), Binólogos, A Barraca, Teatro Meridional e Trigo Limpo Teatro (Portugal), Companhia Teatral Yohanbulak (Timor-Leste) e Fóló Blagi (São Tomé e Príncipe).

No total, estarão presentes cerca de 110 pessoas. A caravana angolana será constituída por 15 elementos, entre encenadores e directores artísticos. A Companhia de Teatro Dadaísmo exibir-se-á nos dias 17, 18 e 22 de Julho, às 20 horas, com a peça “Olímas”, e o Miragens Teatro nos dias 17 e 23, às 19 horas, com a peça “4&30”.

Para a curadora do evento, Tânia Pires, “o FESTLIP trata-se de um festival sem fronteiras que envolverá 40 representações, num espectáculo onde cada companhia poderá mostrar as suas habilidades no domínio das artes cénicas.

“A expectativa é maior. A alegria de reunir nesta III edição todos os 8 países da CPLP é grande. É uma celebração sem limite que vem crescendo desde a primeira edição e que tem aumentado o interesse do público”, disse.

A par do teatro, a organização reserva um leque diversificado de atractivos como a mostra de gourmet, uma pesquisa feita por Joana de Carvalho à volta de especiarias de culinária dos oito países da comunidade.

Seguir-se-ão duas mesas redondas, a primeira para debates com jornalistas culturais dos países representados, onde em companhia dos encenadores passarão em revista assuntos relacionados como a situação do teatro lusófono. A segunda é destinada aos dramaturgos e será orientada por José Mena Abrantes, director do Elinga Teatro, no painel reservado ao país.

SHOW DAS MULTIDÕES

O Festlip-Show é um dos momentos mais emotivos do festival em que a música ao vivo é a tónica dominante.

Para o efeito, será erguido um palco italiano de forma quadrada com mil e quinhentos watts de som, um milhão de luz, incluindo um sistema de efeitos diversos. A parte técnica integrará uma série de projecções num clima de luz magenta, cor dominante do festival, e vários banners.

Entre os artistas e bandas convidadas constam Abel Dueré, músico e compositor angolano radicado no Brasil, o cabo-verdiano Hélio Ramalho, a orquestra brasileira Voadora, o Dj Mam com a participação especial de Elsa Lucinda e, de Moçambique, Cheny Wa Gune.

O festival contempla ainda uma exposição fotográfica com imagens captadas durante o projecto de oficina teatral itinerante pelos países da CPLP, levado a cabo pela Talu Produções.

Augusto Nunes
Fonte: O País

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