A história deste amor nunca deu certo!
Aos 36 anos conheci um homem que tentei fugir de todas as formas. Mas, Brasília estava no meio do caminho e o florescer do meu amor se fez.
Filho pequeno. Ex-marido. Casa, cachorro, empregada, falta de dinheiro. Solteirice adquirida. Como lidar com tudo isso quando se é resquício de uma geração que ainda era criada para casar, ter filhos para o resto da vida?
Ele me deixou. Foi muito duro. Não esperava voltar amar. Foram somente dias, mas, a carência, solidão e padrões de expectativas de amor, ficou maior do que realmente foi.
Outros aparecerem, mas só no entorno. O foco era o filho e o trabalho.
De repente aos quarenta e dois anos com desafios na vida profissional este amor reapareceu! A separação já havia se estabelecido com os problemas legais resolvidos. Filho se desenvolvendo. A vida entrando nos eixos.
O que fazer com este amor?
- Cobrar. Buscar respostas. Transferir todas as feridas. Sugar. Exigir a felicidade. Esquecer que a sua vida é sua. Sufocar.
Ufa! Sumiu mais uma vez.
Óbvio.
Complicando tudo isso. O trabalho que era o porto seguro também não existia mais.
Sozinha, sofrendo, sem trabalho, com um filho, ex-marido, casa, cachorro, empregada, filhos da empregada, desesperança, com medo, medo, medo, medo...
Move on. Na minha terra: vamos em frente que atrás vem gente.
O meu lado sertanejo claro me fez seguir em frente, me reinventar. Não tinha mais a grande empresa quase como sobrenome, nem o suposto amor.
Novas empresas, novas pessoas, novos desafios. A vida se reinventou e seguiu com as portas fechadas para a própria vida. Só para a continuação do estabelecido e não mais para os sentimentos. Só prevenção. Proteção. Segurança.
Filho lindo. Casa em ordem. Vida arrumada. Amigos queridos.
E aí aconteceu Luanda.
No meio do caminho tinha Luanda. Luanda-Angola. Fev/mar 2009.
Como prever esta possibilidade?!
Impossível, se levarmos em conta que em São Paulo a distância de suas casas não chegue a 10 km. Nas suas vidas não existe nenhuma proximidade. Como em Luanda?
C´est la vie. E a vida não facilita. Uma música angolana diz: a felicidades está em Luanda. A malemolência africana encantou o coração, o semba agitou as células, o calor e o funge invadiram de amor o meu ser.
A química ou o amor, ainda não se sabe o que é, reapareceu com muita força. Os anos de solidão, as frustrações da vida, os desejos escondidos, os filhos crescidos e a grande pergunta que não parava de cobrar uma resposta: Será que o amor agora era real e tinha chegado de vez?
Não. Simplesmente não.
Não existia mais espaço na nova dinâmica da vida deles. O meu amor era sim real, mas precisa do outro para vivenciar. Aos cinqüenta anos não se abre mão para mudanças que atrapalham e não nos dão as respostas que buscamos. Dele. Não aceitamos mais meias palavras, meios sentimentos, vidas pela metade. Não temos mais tempo para não viver. O comprometimento tem que ser real para provocar as mudanças e adequações nas vidas envolvidas. Sem sofrer. Com determinação.
Nestes novos caminhos eu fui realista e forte. Os laços na minha vida eram só laços. Não existia mais os nós do envolvimento. O passado tinha ficado no passado.
Não sabia de nada disso até ver de perto o resultado da falta de força das relações mal resolvidas.
Sou concepção no significado do meu nome. Eu concebo. Não respondo.
Mas, descobrir que sou muito especial para ter somente momentos.
Agora quero todo o envolvimento do amor. Da paixão. Dizem que agora é muito melhor.
Mas, de longe esta foi à maior ilusão de amor que vivi.
Não tenho a juventude da inconseqüência, a crueldade dos anos dourados, as dores das separações mais, tenho tudo isso na bagagem de minhas células. Na maturidade de meu sorriso. Sou completa e confusa. Mas sou especial, sou mulher de cinqüenta anos! E posso o que quiser!
Maria Conceição Azevedo – 1º de maio de 2009. São Paulo.
Aos 36 anos conheci um homem que tentei fugir de todas as formas. Mas, Brasília estava no meio do caminho e o florescer do meu amor se fez.
Filho pequeno. Ex-marido. Casa, cachorro, empregada, falta de dinheiro. Solteirice adquirida. Como lidar com tudo isso quando se é resquício de uma geração que ainda era criada para casar, ter filhos para o resto da vida?
Ele me deixou. Foi muito duro. Não esperava voltar amar. Foram somente dias, mas, a carência, solidão e padrões de expectativas de amor, ficou maior do que realmente foi.
Outros aparecerem, mas só no entorno. O foco era o filho e o trabalho.
De repente aos quarenta e dois anos com desafios na vida profissional este amor reapareceu! A separação já havia se estabelecido com os problemas legais resolvidos. Filho se desenvolvendo. A vida entrando nos eixos.
O que fazer com este amor?
- Cobrar. Buscar respostas. Transferir todas as feridas. Sugar. Exigir a felicidade. Esquecer que a sua vida é sua. Sufocar.
Ufa! Sumiu mais uma vez.
Óbvio.
Complicando tudo isso. O trabalho que era o porto seguro também não existia mais.
Sozinha, sofrendo, sem trabalho, com um filho, ex-marido, casa, cachorro, empregada, filhos da empregada, desesperança, com medo, medo, medo, medo...
Move on. Na minha terra: vamos em frente que atrás vem gente.
O meu lado sertanejo claro me fez seguir em frente, me reinventar. Não tinha mais a grande empresa quase como sobrenome, nem o suposto amor.
Novas empresas, novas pessoas, novos desafios. A vida se reinventou e seguiu com as portas fechadas para a própria vida. Só para a continuação do estabelecido e não mais para os sentimentos. Só prevenção. Proteção. Segurança.
Filho lindo. Casa em ordem. Vida arrumada. Amigos queridos.
E aí aconteceu Luanda.
No meio do caminho tinha Luanda. Luanda-Angola. Fev/mar 2009.
Como prever esta possibilidade?!
Impossível, se levarmos em conta que em São Paulo a distância de suas casas não chegue a 10 km. Nas suas vidas não existe nenhuma proximidade. Como em Luanda?
C´est la vie. E a vida não facilita. Uma música angolana diz: a felicidades está em Luanda. A malemolência africana encantou o coração, o semba agitou as células, o calor e o funge invadiram de amor o meu ser.
A química ou o amor, ainda não se sabe o que é, reapareceu com muita força. Os anos de solidão, as frustrações da vida, os desejos escondidos, os filhos crescidos e a grande pergunta que não parava de cobrar uma resposta: Será que o amor agora era real e tinha chegado de vez?
Não. Simplesmente não.
Não existia mais espaço na nova dinâmica da vida deles. O meu amor era sim real, mas precisa do outro para vivenciar. Aos cinqüenta anos não se abre mão para mudanças que atrapalham e não nos dão as respostas que buscamos. Dele. Não aceitamos mais meias palavras, meios sentimentos, vidas pela metade. Não temos mais tempo para não viver. O comprometimento tem que ser real para provocar as mudanças e adequações nas vidas envolvidas. Sem sofrer. Com determinação.
Nestes novos caminhos eu fui realista e forte. Os laços na minha vida eram só laços. Não existia mais os nós do envolvimento. O passado tinha ficado no passado.
Não sabia de nada disso até ver de perto o resultado da falta de força das relações mal resolvidas.
Sou concepção no significado do meu nome. Eu concebo. Não respondo.
Mas, descobrir que sou muito especial para ter somente momentos.
Agora quero todo o envolvimento do amor. Da paixão. Dizem que agora é muito melhor.
Mas, de longe esta foi à maior ilusão de amor que vivi.
Não tenho a juventude da inconseqüência, a crueldade dos anos dourados, as dores das separações mais, tenho tudo isso na bagagem de minhas células. Na maturidade de meu sorriso. Sou completa e confusa. Mas sou especial, sou mulher de cinqüenta anos! E posso o que quiser!
Maria Conceição Azevedo – 1º de maio de 2009. São Paulo.
1 comentário:
a dor passa e alguém que valha a pena há de surgir.
torço por vc!
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