A Trienal de Luanda que decorre desde 16 de Setembro vai intensificar o movimento cultural angolano a capital até 19 de Dezembro
Fotografia: Paulino Damião
A II Trienal de Luanda inaugura amanhã, às 18h30, no Salão Internacional de Exposições (Siexpo), do Museu de História Natural, a exposição “Arquitectura: Angola – Mundo”.
Aberta ao público logo no dia da inauguração, a exposição vai estar patente, também, noutras galerias, nomeadamente Platinium, Hotel Globo e na União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP).
As obras, inspiradas na cidade de Luanda, vão ser apresentadas através de maquetas, desenhos, fotografias e vídeos. A exposição, que revela criações de arquitectos angolanos e estrangeiros, conta com a parceria do Núcleo de Estudos de Artes, Arquitectura Urbanismo e Design, da Universidade Lusíada de Angola.
Vão estar patentes, ainda, obras do Instituto Goethe Angola, do Atelier do Corvo e da Trienal de Arquitectura de Lisboa, que apresenta o projecto “Falemos de Casas”. Entre os arquitectos angolanos, destacam-se Ilídio Dário, Jair Traça e Fábia Pina, cujos projectos vão ser exibidos até ao dia 10 de Outubro.
No mesmo dia, no período da tarde, a arquitecta alemã Hans Engles vai dar uma conferência, no Cine Nacional, sobre o tema “Casas da Arquitectura Bauhas”.
Seguem-se, no mês de Outubro, outras conferências sobre arquitecturas, com os angolanos João Suplicy Neto e Ângela Mingas, cujos temas estão relacionados com a arquitectura moderna e património arquitectónico em Angola.
O filme “Batepá”, uma narrativa histórica sobre o massacre ocorrido na Ilha de São Tomé e Príncipe, em 1953, vai ser hoje o destaque da sessão de cinema, às 18h30, no Cine Nacional, seguido de debate.
Do realizador Orlando Fortunato, “Batepá” é uma longa-metragem rodada em São Tomé e que contou com a participação de técnicos e actores angolanos, ganenses e são-tomenses. Com este filme, a cinematografia angolana, que na sua maior parte reúne dezenas de documentários, tanto em película como em vídeo, fica enriquecida com mais uma produção feita dentro dos padrões universais da sétima arte. Nele, Orlando Fortunato vinca, mais uma vez, o seu interesse por aspectos históricos, com o objectivo de registar aquilo que deve ser o testemunho do cinema.
O cineasta, que pertence à primeira geração de realizadores profissionais angolanos, nos anos 70, sempre defendeu a necessidade de se levar à reflexão das gerações mais jovens, acontecimentos que marcaram a vida dos povos africanos.
A prová-lo, os filmes por si realizados “Memória de Um Dia”, “O Balão”, “Kilamba, O Poeta Guerrilheiro” e “O Comboio da Canhoca”.
Francisco Pedro
Sem comentários:
Enviar um comentário