Flutuo no ondular sinuoso das bandeiras…
Não conheço uma nacionalidade perfeita
Há muito não sou patriota de pátria alguma
Navego nas anuências do próprio pensamento…
Voo sentado num tapete mágico voador…
Medito de olhos semi cerrados com a mente aberta
Torno-me receptivo a luz da consciência criadora
Amalgamo-me com o próprio ar que respire…
Levo a mão ao rosto para limpar a transpiração…
Saboreio ligeiramente o sal das gotas de suor
Imagino-me a atravessar um longo deserto
Vejo-me fora de mim sedento de língua de fora…
Pulo muros e paredes sem pestanejar como um cavalo…
Em meu eu há a forca de um Pégaso carregado de vontade
Não existem barreiras que me levem a abrandar a sinergia
Cheiro o ardor do fogo que me arde que nem carvão no intimo…
Saio disparado como que um míssil lançado sem rumo…
Das minhas narinas sai fumo feito de raivas afagadas
Trago a minha frente a música do silêncio absoluto
Vem em minha mente a dança antagónica do tudo e do nada…
Pois acabei de ultrapassar crenças demagógicas e a mim mesmo...
Escrito a 7 de Setembro de 2010, por manuel de sousa, em Luanda, Angola, em Homenagem a todos os que teem o Livre Pensamento e a Humanidade como Patria…
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