quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Hipocrisias Nulas E Nuas

Flutuo no ondular sinuoso das bandeiras…

Não conheço uma nacionalidade perfeita

muito não sou patriota de pátria alguma

Navego nas anuências do próprio pensamento…


Voo sentado num tapete mágico voador…

Medito de olhos semi cerrados com a mente aberta

Torno-me receptivo a luz da consciência criadora

Amalgamo-me com o próprio ar que respire…


Levo a mão ao rosto para limpar a transpiração

Saboreio ligeiramente o sal das gotas de suor

Imagino-me a atravessar um longo deserto

Vejo-me fora de mim sedento de língua de fora…


Pulo muros e paredes sem pestanejar como um cavalo…

Em meu eu a forca de um Pégaso carregado de vontade

Não existem barreiras que me levem a abrandar a sinergia

Cheiro o ardor do fogo que me arde que nem carvão no intimo…


Saio disparado como que um míssil lançado sem rumo…

Das minhas narinas sai fumo feito de raivas afagadas

Trago a minha frente a música do silêncio absoluto

Vem em minha mente a dança antagónica do tudo e do nada…


Pois acabei de ultrapassar crenças demagógicas e a mim mesmo...



Escrito a 7 de Setembro de 2010, por manuel de sousa, em Luanda, Angola, em Homenagem a todos os que teem o Livre Pensamento e a Humanidade como Patria…

Sem comentários: