terça-feira, 10 de março de 2009

Angola, Luanda, Obrigada!

Minha Luanda,
Um calor tomou conta de meu corpo e não foi de inferno.
Foi de amor.
Até suas águas tem o toque cálido de outros sentimentos.
Teu verde é pálido e pede licença para aparecer.
O verde do teu mar é mais forte e mais presente.
Teu jeito desarrumado parece de quem nunca viu o certo.
Qual o certo ninguém ainda sabe. Já souberam um dia.
É um processo, esta aprendizagem.

Saudades senti dos seus tempos de glórias.
Esquecido nos olhos dos mais velhos sofridos.
Sábios estes olhos.
Palácios ergueram.
Povo lindo! Amor nos olhos e respeito nas acções.
Reverência
Sou cordeiro e me ressenti.
Com o passado. Ainda bem que foi.

Copiamos e acreditamos em todos os lobos.
Das estepes ou tropicais. E peles de cordeiros.

Agora somos!
As possibilidades do recomeçar.
A esperança nos novos tempos.
Cultura forte, povo forte. Desperto para o mundo!
Te saúdo e peço licença:
Sou angolana e africana.
Obrigada por me acolher e me amar.
Vim e te trouxe no coração.
Até a próxima! Obrigada!

Maria Conceição Azevedo

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