A maior manifestação cultural de Angola inicia no dia 22 de Fevereiro com o desfile da classe infantil. Os grupos carnavalescos aclimam por estratégias, no intuito de levar a Marginal, folia, alegria e animação. A organização resolveu, para a presente edição, homenagear a União Mundo da Ilha de Luanda e os Associados do Kamundai do Kwanza-Norte.
Nvunda Tonet
Horas separam-nos da maior manifestação cultural. Em todo o país, ultimam-se os preparativos para que tudo corra da melhor forma. O Ministério da Cultura, através da Direcção Nacional de Acção Cultural colocou à disposição dos intervenientes as condições financeiras e técnicas, com intuito de garantir uma edição pomposa e exemplar.
Os primeiros a subirem ao solo serão as crianças (classe C), no dia 22 de Fevereiro. Os adultos das classes B e C terão a oportunidade de demonstrar o seu valor no dia 23. O desfile central da classe A ocorrerá no dia 24 de Fevereiro.
Para a 31 ª edição do carnaval, a organização programou grandes novidades no domínio gráfico, da qual se destacou a publicação, a 18 de Fevereiro, da revista e a homenagem aos grupos União Mundo da Ilha e Associados do Kamundai do Kwanza-Norte.
A homenagem aos grupos carnavalescos no decorrer do Entrudo na óptica de especialistas na matéria dinamiza a competição e desperta os intervenientes no reconhecimento da sociedade e de Estado em prol da continuidade cultural.
Um dos aspectos que contaram para a nomeação destas agremiações foi o facto de, ao longo destes anos de Carnaval, conservarem a essência da festa, na qual se observa a dimensão cultural das suas regiões, caracterizada por hábitos e costumes das suas populações, desde a indumentária ao estilo de dança, numa altura em que os efeitos da influência externa se refletem compulsivamente.
Nesta edição, as delegações provinciais receberam, antecipadamente os tecidos e o dinheiro, à excepção do Kuando-Kubango, devido à dificuldade na comunicação com a delegação local.
Segundo Carlos Vieira Lopes, director nacional da acção cultural "embora grupos tenham reclamado o atraso na entrega dos apoios da parte da Direcção de Acção Cultural, é preciso esclarecer que tal deveu-se à demora na saída dos tecidos e de outros materiais do Porto. Agora que o problema está resolvido, decidimo-nos, também a apoiar logo que possível, os grupos com adereços como quedes e chapéu".
A contar pelos preparativos, teremos uma manifestação cultural com nova roupagem social, abrangente e participativa, principalmente da sociedade civil e dos patrocinadores. Isto permitirá que os grupos carnavalescos criarem a sua base de sustentação e deixarem de depender, inteiramente, do subsídio de Estado.
A intenção dos organizadores do Carnaval é de tornar a competição mais rentável em todos os domínios. Neste sentido, realizaram-se em Benguela, Cabinda, Namibe, Cunene e Luanda seminários de capacitação para os agentes culturais, com intuito de fortificar as iniciativas e diversificar a qualidade temática.
Vamos dançar ao carnaval com alegria, folia e vivacidade.
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